domingo, 26 de abril de 2015

- Epilogue.

Eu andei pela cidade
Em silêncio
E nenhuma alma encontrei
Amaldiçoado, indeterminado
Tudo parece tão simples
Para quem nunca tem algo a perder
Adormecer no parque
Olhar as estrelas
Amar sem temer
Em meu silêncio
Sempre relembrando
Estou amaldiçoado
Já rodei esse domínio todo
E me disseram que cheguei ao fim da via
Não havia mais combustível no carro
Mas eu queria voltar
O sol se pôs
Eu procurei por tudo
Somente lobos famintos encontrei
Mas eu avisei que não iria parar
Não até que eu encontrasse o que eu queria
Mas tudo que eu queria
Era você.

- Grudge.

Alianças se afrouxando
Frio se apossando
Já faz dez anos que acordei
Quando vou aprender a não me afastar
De meus próprios princípios?
Quando um louco esquece
De sua própria loucura
E as pessoas se perdem
Dentro de sua própria escuridão?
Dentro de minha imensidão
Eu me afasto
Se for para não fazer direito
Que nem faça
-Os ouvi dizer-
Como fazer
Se já nasci imperfeito?
Como viver
Se nem ao menos
Sei dizer
Que a angústia que habita meu peito
Não é anseio de morrer
E sim 
Desejo de lhe ter?

terça-feira, 14 de abril de 2015

2+2.

De pingo em pingo
Eu pinto
Uma estrela
Um sorriso
Eu sinto
Toco um sino
Uma sina
Um amor que não pode ser visto
Mas pode ser escrito
Cantado, falado
Transposto, exposto
Me disseram que uma equação explicava qualquer coisa
Mas nem dois mais dois sei fazer
Mas de dois em dois sei dizer
De passo em passo sei andar
De letra em letra sei escrever
De nota em nota sei tocar
De número em número aprendo a contar
De tu em mim, sei amar.
De um jeito ou de outro
De algum jeito
Certo, vai dar.