sábado, 20 de fevereiro de 2010

- Toys.

Às vezes você se desespera, esperando encontrar algo que não existe, ou diferente demais.
Eu não pensaria diferente, pois, por ora, é impossível.
Porém outro dia eu reparei essa diferença, e acordei pensando na morte.
Talvez a mesma não fosse tão divina quanto nós esperamos, mas mesmo assim, ela mata.
E são coisas inconcebíveis, imperceptíveis, e quem sabe, inconscientes.
Minha consciência superou a existência de uma mentalidade mais forte.
Eu observei o fundo dos olhos da morte, e incrivelmente, não tive medo. Eu amei, amei a sensação de poder estar ali, decifrando-a, de um jeito que talvez poucos tenham tido a capacidade de ver.
E era fascinante essa sensação de ser o primeiro, o único. Mesmo sabendo que não era o primeiro, muito menos o único. Mas eu preferia pensar assim, e continuar sentindo a vitória.
Porém, a morte é efêmera. Sabemos que não podemos ficar muito tempo mortos, muito menos ao seu lado. Mas apenas a sensação de estar ali, já consegue ser perfeita.
Em tempos antigos, eu o faria do jeito mais romântico, ou filosófico possível, mas quando se volta da morte, as coisas ficam diferentes, e você acaba mudando.
E eu mudei, muito.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

- Flowers And Silence.

Talvez o problema fosse o otimismo da palavra.
Talvez o problema fosse tudo aquilo que não foi sentido, sendo cuspido em sua face.
Talvez, talvez.. Não se sabe.
As vidas só sucumbirão, se tiver sangue para ser derramado. Sem sangue, sem vida.
Não é exatamente a dor que me mostra, seus anseios não me interessam, mas tem algo.. Tem algo além disso.
Eu não saberia explicar, e diria com toda convicção de que ninguém mais conseguiria.
Eu sei que dizer isso, pode não ser o suficiente. Aliás, nada seria o suficiente, pois para cada palavra, existe uma interpretação, e para cada interpretação, existe uma emoção, e reação.
De tantas coisas que houveram, de tudo o que possuo, por que sempre os desprezo?
Talvez eu não queira realmente ser completo, pois a cada batida que meu coração esquece de fazer, um pedaço de mim é levado.
É diferente, não gostaria de olhar em seus olhos e ver o que realmente há lá dentro. O medo sempre consegue ser maior.
Por que só nós conseguimos nos reerguer?
Por que só nós conseguimos fugir?
Quem disse que eu consegui fugir?
Não foram as lágrimas presas ao meu próprio túmulo, selado por mim mesmo, que me fez parar de sentir. Foi a ausência das suas ao me ver partir.
Pois quando você parte pela primeira vez, não quer lágrimas. Quando parte pela segunda, você quer apenas uma inexpressão, porém, quando parte para sempre, você quer sentir as lágrimas caírem sobre si.
Nem tentador, talvez.. Por sentir a sua hora, e não a minha.
Eu não serei tudo aquilo que não sou, apenas para minha própria felicidade.
Você nunca sabe se ficará fora por tempo demais, ou por tempo de menos.
Existem questões que não podem ser pegas em uma mão, e respostas que não podem ser ditas sem tanto conflito.
Talvez a falta de talento do outro, se complete com a sua. Ou o descontentamento alheio, se faça ausente, quando se está presente. Ou a união de talentos, forme algo descomunal.
Existem três coisas distintas, porém, conectadas.
Ao lembrar-me do fogo, do gelo, e da morte, eu penso: Talvez meu fogo tenha mudado, meu gelo esteja frio demais, e a morte, perto demais.
Mesmo assim, eles ainda vivem, e coexistem.
Agora uma coisa eu tenho certeza: O fogo me ama como loucura, o gelo me ama quieto, e a morte, bem.. Essa daí nunca me amou, mas é conveniente.
O que mais me atrai é o fogo, certamente.
O gelo.. Bem eu o amo, porém, me dá a sensação de solidão a cada vez que lhe toco.
E a morte.. Bem, vou amá-la de um jeito desesperado, até não poder mais.
E enquanto eu possuir essa espada de dois gumes em minhas mãos, eu continuarei a sofrer.