terça-feira, 11 de janeiro de 2011

- Pale Dark.

Era uma noite escura, sem luar.
Eu estava numa floresta escura, seca, sem vida. Parecia um daqueles filmes de terror de segunda mão.
Encontrei um canto vazio, resolvi me estabelecer ali para descansar durante a noite.
Estava frio, muito frio.
Armei uma pequena barraca, me deitei com a cabeçapara fora, fiquei observando océu, apesar do frio, eu continuava ali.
Foi então que comecei a sentir um calor, um calor muito intenso.
De repente, uma luz. Uma luz azul claro.
Saí da barraca e fui ver o que era, não parecia nada.
Foi então que a luz falou comigo.
~ Eu gostaria de lhe acompanhar.
- Por quê? Eu sou um viajante solitário, não há motivos para querer me seguir numa jornada sem sentido.
~ Porque eu quero. Eu sinto que devo lhe acompanhar.
- Eu não preciso da sua companhia.
~ Então apenas deixe-me ficar esta noite.
- Certo. Mas só hoje.
A luz entrou na barraca, se eu me sentei de frente para ela.
~ O que há dentro de seu coração?
- Nada.
~ Nem ódio, nem amor, nem dor, nem nada? Impossível.
- Nada mesmo. Apenas uma pequena saudade de muitas coisas que jápassaram, mas uma saudade boa, uma falta saudável.
~ Então tem algo. Isso significa que seu coração está aberto?
- Aberto não, livre. E ser livre não significa estar aberto.
~ E se eu quiser abrir seu coração, o que eu preciso pra fazê-lo?
- Deixar de lado esse objetivo, e apenas ser você mesmo.

(estou com preguiça, continua depois.)