sábado, 3 de abril de 2010

- The Death Of Romance.

Após minha conversa com a morte, eu notei um problema comigo mesmo - O fogo.
Eu estava perdido, era como se nada fizesse sentido, as coisas giravam ao meu redor, a vista ficava embaçada, e tudo ficava cada vez mais quente.
O fogo me queimou, e não deixou apenas cicatrizes, ele me derreteu.
Era quase como se eu o sentisse dentro de mim, queimando, ardendo, provocando. Não havia outro modo de descrever além do fato de que eu estava perdidamente apaixonado pelo fogo.
Ele brilhava, aquela chama me atentava, me puxava, me chamava, me atraia, eu não conseguia escapar.
Dai eu lembrei, mas e a morte e o gelo?
Acho que de tanto calor que o fogo emanava, o gelo acabou derretendo.
A morte deu uma fugida, mas eu sei que ela ainda está perto. Tenho certeza, aliás.
Mas e agora, o que eu faço? Não sei.
Só sei que eu quero continuar me queimando, essa sensação me agrada.
Consigo ver a lua brilhando de um jeito que nunca tinha visto, consigo ver um futuro que nunca havia sonhado, consigo ver tudo mais nítido.
E essa nitidez me apavora. E ironicamente, não me consola.
Meus sentidos estão mudando, e a cada dia que passa, estão ficando mais fracos e fortes.
Depende do ponto de vista.
Mas eu continuarei vivendo a minha vida do jeito que eu quero, sem todas essas formalidades necessárias, odeio burocracia.
Não importa o que diga, não importa o que faça, não importa quem eu ame, eu nunca mudarei.
Por mais que eu sinta e anuncie a mudança, eu continuarei sempre o mesmo, talvez apenas com algumas idéias, histórias e vida a mais.
Desisti dos romances de livros, é quase como uma droga.
E eu estou viciado em tudo aquilo que posso ter, todo aquele poder que a guerra e a manipulação poderiam me dar.
Do jeito mais puro possível.
Muito longe de um jogo, apenas verdadeiro, suave, quase sutil.. Quem sabe.

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