sábado, 20 de fevereiro de 2010

- Toys.

Às vezes você se desespera, esperando encontrar algo que não existe, ou diferente demais.
Eu não pensaria diferente, pois, por ora, é impossível.
Porém outro dia eu reparei essa diferença, e acordei pensando na morte.
Talvez a mesma não fosse tão divina quanto nós esperamos, mas mesmo assim, ela mata.
E são coisas inconcebíveis, imperceptíveis, e quem sabe, inconscientes.
Minha consciência superou a existência de uma mentalidade mais forte.
Eu observei o fundo dos olhos da morte, e incrivelmente, não tive medo. Eu amei, amei a sensação de poder estar ali, decifrando-a, de um jeito que talvez poucos tenham tido a capacidade de ver.
E era fascinante essa sensação de ser o primeiro, o único. Mesmo sabendo que não era o primeiro, muito menos o único. Mas eu preferia pensar assim, e continuar sentindo a vitória.
Porém, a morte é efêmera. Sabemos que não podemos ficar muito tempo mortos, muito menos ao seu lado. Mas apenas a sensação de estar ali, já consegue ser perfeita.
Em tempos antigos, eu o faria do jeito mais romântico, ou filosófico possível, mas quando se volta da morte, as coisas ficam diferentes, e você acaba mudando.
E eu mudei, muito.

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